Maha Lilah Casa 63 - Tamas - Obscuridade

Nickson Gabriel

Tamas significa “escuro” ou escuridão. É um estado de ausência de luz. Luz é conhecimento, escuridão é ignorância.

Tamas tem outro significado literal que é “serpente” e não é à toa que aqui mora a maior serpente do jogo, que derruba você das alturas do plano da realidade para cair em Maya, a Ilusão (casa 2).

0 autoengano de acreditar estar liberado (a) dos seus karmas, após ter desfrutado do estado de felicidade, pode levá-lo (a) à inércia e assim sua energia é distorcida e direcionada para baixo.

Tamas representa um estado de sono, uma distração que o leva a acreditar que já alcançou a meta final. Apesar de ter tido a experiência do samadhi, ainda existem karmas. E a tentativa de negligenciar a Lei do Karma gera mais karma.

Agora você tem que lidar com isso.

Beto Mancini

Você não conseguiu se conectar com o Plano Divino, seu orgulho ou vaidade não te deixaram. Até quando nos achamos indispensáveis para algo ou alguém é sinônimo de orgulho/vaidade. Quanto mais evoluído é o ser humano, mais espírito de aprendiz ele possui. E quando isso não acontece, o jogador deverá voltar para casa 2 Ilusão e reiniciar seu caminho educativo novamente. Seja mais humilde da próxima vez. A lição sabemos de cor, só nos resta aprender.

Às vezes, a timidez é sinônimo de orgulho e vaidade que são frutos do medo. Esse medo é por tudo e por todos que possam me desmoralizar, me trapacear, me superar, enfim o tímido é uma pessoa com medo de se expor em alguma atividade ou relação.

Esse medo normalmente vem de um temperamento paterno ou da linhagem paterna que estão em seus cromossomos. Somente pela autoconsciência você conseguirá superar seus medos e transformá-los em coragem para viver em plena confiança sua história de vida.

Taokopelli

Próximo da chegada, a grande queda é perder-se no caos e na escuridão.

Quando o Caminhante baixa sua vibração e passa a se identificar com os problemas, com as sensações e sentimentos decorrentes, ele bloqueia as possibilidades que o Universo lhe oferece.

Aqui ele está na Casa das Trevas e sobre a cabeça da maior serpente do tabuleiro de Maha Lilah, o refúgio das sombras que hospeda miséria, decepção e sofrimento. Aqui a coragem se desvanece e o Caminhante segue rumo à Casa 2 (Ilusão – MAYA), lá no início do tabuleiro, onde encontrará a inconsciência e um reiniciar o espera. E a inconsciência leva ao medo, que pode ser uma emoção protetora ou perturbadora do Eu, assim como uma sinalização de mudanças nos caminhos.

“A modernidade do século trouxe consigo o barulho enervante dos instrumentos tecnológicos. A amedrontadora poluição da água, a radioatividade aumentando aos poucos e a sombria ameaça da superpopulação com suas tendências genocidas levaram a um medo amplamente difundido, ainda não conscientizado em geral. Quem sente medo procura companhia barulhenta e pandemônio, que espantam os demônios. Panem et circenses – este é o sintoma degenerativo da civilização urbana. A necessidade do barulho é quase insaciável, embora às vezes ele se torne insuportável. Mas sempre é melhor do que nada. No chamado “silêncio sepulcral”, a sensação é sinistra. Por quê? Há fantasmas rondando? Dificilmente. O que se teme na verdade é o que
poderia provir do interior da pessoa, isto é, tudo aquilo de que fugimos através do barulho.” (Jung)

Mas o Caminhante Lilah derruba essas crenças limitantes, se levanta e segue adiante pelo caminho Lilah, com coragem para encarar qualquer coisa perigosa, difícil ou dolorosa, e com esperança de que dias melhores estarão por vir.

Harish Johari

63. Tamaḥ: escuridão, inércia, ignorância

A escuridão é a ausência de luz. E, se a luz é conhecimento, a escuridão é ignorância.

Os karmas são inevitáveis, tanto no jogo quanto na vida.

Tentar evitálos, é mais um karma.

Não posso ver a Unidade que existe entre as correntes e a libertação e volto então à ilusão (māyā), para percorrer novamente o jogo desde o início.

Respiro e relaxo.