Maha Lilah Casa 37 - Jnana - Conhecimento - Consciência da Verdade

Nickson Gabriel

Esta é a casa do autoconhecimento. Ela remete à essência do jogo cujo nome original era Gyan Chaupad (Jogo de Autoconhecimento).

Aqui está a espada que leva diretamente à casa 66 – Ananda-loka, o Plano do Júbilo, da Bem-aventurança. Mesmo ainda não tendo integrado todos os aspectos da personalidade, quando chega nesta casa, você sabe onde está. Mesmo que essa compreensão ainda não esteja completamente integrada, ao parar aqui, você começa a ascender para níveis mais elevados.

Neste ponto você está menos ligado (a) à expectativa das pessoas e mais conectado (a) à própria essência. Você desenvolveu a habilidade de discernir entre o verdadeiro e o falso, entre o eterno e o transitório e por isso, já tem condições de sustentar o êxtase da bem-aventurança que é a experiência do real, aquilo que é, sempre foi e sempre será.

Na tradição hindu existe Jnana Yoga que é uma das quatro sendas da autorrealização, ou seja, um dos caminhos que levam à liberação. No contexto do Maha Lilah, Jnana representa uma tomada de consciência da verdade que transporta você para o vislumbre do êxtase divino, mas não um caminho para a Consciência Cósmica.

Beto Mancini

Existe um momento em que compreendemos e percebemos uma conexão com tudo e com todos, sem necessidade de desvendar mais os mistérios da vida na busca por informações e comprovações.

Eis que surge o desvelar do conhecimento, sem mais perseguir a verdade nos colocamos a disposição dela e com isso tudo nos á trazido sem esforço ou cansaço. Houve discernimento e com isso sabedoria em seu agir.

Discernimento é quando mudamos o que pode ser mudado, aceitamos o que não pode ser mudado e temos a sabedoria para distinguir um do outro. Suba para casa 66 Êxtase, o Plano Divino te chama para celebrar a harmonia de se sentir unido com espiritualidade.

Taokopelli

Conhecimento é fruto do estar atento, sem ser a completa sabedoria.

O homem é o ser mais premiado da natureza, dadas suas faculdades de interpretação das coisas e fatos que lhe rodeiam.

Mas, para isso, antes precisa denominar as coisas experimentadas, ou seja, as coisas que só passam a ter forma em nossas mentes quando lhes damos um nome. E a coisa como percebida nunca é igual à coisa real.

Sobrepomos nossas imagens mentais ao mundo real. Enfim: Nada é como lhe parece!

Compreender e lembrar disso constantemente é Inhana e sua prática é a Inhana Iôga. Esses conteúdos percebidos são sempre de um tempo relativo, de um ponto de vista. Por isso, o Caminhante Lilah observa sem julgar, sem iludir-se, para não mudar constantemente os valores.

Podendo, com isso, deixar de lado as questões existenciais sobre a compreensão dos fatos, o Caminhante abandona suas desditas desnecessárias e se sente integrado com o todo que lhe rodeia e que lhe traz sensação de totalidade.

A Uno, a Não-dualidade!

Seria bom ficar parado onde se encontra, deslumbrando o entendimento, mas uma flecha o impulsiona à Casa 66, do Conhecimento à Bem-aventurança, onde se encontra a alegria plena.

Assim seja!

Harish Johari

37. Jñāna: percepção, conhecimento

Perceber não é realizar nada. É simplesmente tomar consciência do que é bom e constatar quais são os meios para fazer o bem.

Perceber que não sou independente reduz o tamanho de meu ego.

Observo sem julgar. De fato, este estado acontece quando paro de julgar.

Nesse sentido, perceber é o contrário de iludir-se. A ilusão muda constantemente os valores, enquanto que ao tomar consciência, esta página fica em branco. 

E somente uma folha branca pode ficar limpa.