Alguns descrevem Narka como um demônio sádico, mas, na verdade, ele é um agente do karma. Ele chega para ensinar o que precisa ser aprendido. Esta casa é o rabo da serpente que vem da casa 52 – Himsa-loka, o Plano da Violência, pois quando infringimos dor aos outros através de ações violentas, inevitavelmente descemos ao Purgatório.
Aqui existe uma qualidade de consciência relacionada à autorresponsabilidade e à aceitação que é desenvolvida somente neste nível do Jogo. No quarto chakra o yogi ou a yogini tem consciência de que nessa vida tudo tem um preço. A partir dessa visão, ele (a) sabe o que precisa ser vivido e aprendido.
Você paga suas contas reconhecendo que gerou uma dívida, dessa forma, aceita aprender através de experiências desagradáveis.
Essa também é uma qualidade de experimentação, porque viver o karma de forma consciente, compreendendo onde e quando plantamos a semente do que estamos vivendo, é completamente diferente de experienciar de forma inconsciente, sem ter ideia de onde o Karma veio.
Essa qualidade facilita a travessia do desafio, pois muito do peso que sofremos diante das situações dificeis da vida é porque não compreendemos o motivo pelo qual estamos passando por aquilo.
Os Desafios que atravessamos nos ajudam a desenvolver determinadas qualidades, habilidades e até mesmo virtudes e, no fundo esses desafios são presentes. Nesta casa, a situação é diferente: sofremos as consequências diretas das ações negativas do passado. É como sentir dor por ter dado um soco na parede. A dor ensina que não podemos mais agir dessa maneira, mas, se não entendemos que a dor surgiu dessa ação, continuamos brigando com a parede e, ainda por cima, colocamos a culpa nela.
Se observe com o coração, procure enxergar qual é sua atitude perante a vida.
Aprenda a ouvir melhor.
Não queira reformar os outros (vindo da casa 52 Violência) o máximo que você pode fazer é reformar a si mesmo (a).
Observe suas reações perante a vida, não julgue, apenas esteja atento (a) para mudar algum hábito que te faz se sentir frágil e cansado (a).
Olhe dentro de você e poderá perceber o que te faz seguir? Qual propósito nas suas atitudes?
Um tempo para avaliar os erros veniais e as transgressões.
O Caminhante Lilah pode chegar a Narka-loka na sequência do seu caminhar, em uma dessas viradas inesperadas que a Vida dá, ou como consequência de sua queda, pela cabeça da serpente que está na Casa 52 (Violência: HIMSA-LOKA).
Diante desses cataclismos, sente medo e sofre pela instabilidade ao seu redor. Narka significa sentimentos negativos, talvez apegos a serem desfeitos. Daí a urgência em parar, descansar, dar um tempo no limiar das forças e recuperar-se.
O Purgatório não é um castigo, pelo contrário, é uma oportunidade para entender e reavaliar o consciente negativo e, quem sabe, alcançar o inconsciente. O Caminhante Lilah não tem pressa.
Lei Divina sempre sustenta aquele que age com sabedoria.
Por que extenuar-se? Melhor continuar-se!
35. Narkaloka: purgatório
Na metade do caminho entre o céu e a terra, está o purgatório.
Nele, assumo minhas responsabilidades. Cada ação trouxe seu fruto.
Mas a queda na violência (52) não é um castigo, senão uma purificação.